Jornalista Ariovaldo Matos (Ari), 1926-1988 |
ARIOVALDO
MATOS
In
memoriam
Nem
(abra-se o caderno do passado)
se
fôssemos parentes saberias
o que
guardava-me a mente a teu lado
pelo
correr das noites e dos dias,
Quando,
sôfrego, à máquina escrevias
páginas
de um jornal – ou quase um brado
que ia e
voltava a teu convívio, alado
tropel
sobre impassíveis geografias.
Como
decifrador de calendários,
a batalha
dos signos açulava-
te a
matilha de ventos operários.
Eras
real, um homem verdadeiro.
Mais não
pude guardar, se o que eu sonhava
era ser
aprendiz de feiticeiro.
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