Cabras - Pintura de Calasans Neto |
Talvez um
lírio. Máquina de alvura
sonora ao
sopro neutro dos olvidos.
Perco-te.
Cabra que és já me tortura
guardar-te,
olhos pascendo-me vencidos.
Máquina e
jarro. Luar contraditório
sobre
lajedo o casco azul polindo,
dominas
suave clima em promontório;
cabra: o
capim ao sonho preferindo.
Sulca-me
perdurando nos ouvidos,
laborado
em marfim – luz e presença
de reinos
pastoris antes servidos –
teu pelo
residência da ternura
onde
fulguras na manhã suspensa:
flor
animal, sonora arquitetura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário